Livro de línguas será afirmação da cidadania, diz Mamberti
Agência Câmara
O secretário de Diversidade e Identidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, disse há pouco, em seminário na Câmara, que o livro de registro das línguas faladas no Brasil vai significar “uma oportunidade de construção e afirmação da cidadania” dos povos de culturas indígenas, afro-brasileiras e cigana” que vivem no País.
Durante a abertura do seminário nacional para a criação do livro de registro das línguas, o secretário destacou a importância da implantação de políticas públicas que valorizem a diversidade brasileira.
O encontro é organizado pela Comissão de Educação e Cultura, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística (Ipol).
Valorização da diversidade
Um dos autores do requerimento para a realização do seminário, o deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE) disse que a produção do livro de registros, a participação dos estados e municípios no Plano Nacional de Cultura e a difusão dos pontos de cultura em todo o País “vão disseminar políticas de valorização da diversidade não apenas no âmbito federal, como também no dos estados e dos municípios”.
A Câmara, o Iphan e o Ipol fizeram uma aliança “imprescindível”, completou Carlos Abicalil (PT-MT), também autor do pedido para o encontro. “O registro de línguas é aquilo que nos coloca na tênue linha divisória da história e da pré-história de nossos povos”.
Comunidades
Neste momento está sendo realizado o primeiro painel do seminário, denominado “A experiência das comunidades lingüísticas brasileiras”. Coordenado pelo presidente da Comissão de Educação, deputado Paulo Delgado (PT-MG), o debate tem a participação de representantes de línguas indígenas, afro-brasileiras e de imigração alemã e italiana.