Petistas elogiam não renovação de acordo com FMI

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Deputados do PT elogiaram nesta segunda-feira a decisão do governo brasileiro de não renovar o acordo com o Fundo Monet rio Internacional (FMI). A medida foi anunciada nesta manhã, pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

O lder do governo na C mara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), considerou a decisão do governo um sinal de que a economia vai bem. Nesses dois anos, o governo j demonstrou que a pol tica econmica tem rumo. De forma indireta, esse mais um sinal que a economia vai bem. Do ponto de vista simblico, essa confian a na conduão da pol tica econmica reduz o risco-Brasil e estimula investimentos, afirmou.

Para o deputado Jos Pimentel (PT-CE), membro da Comissão de Finanas e Tributa ão da Cmara, os indicadores nacionais estão est veis, o que justifica a não renovaão do acordo com FMI. A balan a comercial e o Produto Interno Bruto estão superavitrios. A infra-estrutura nacional voltou a ter um investimento razo vel, ressaltou o deputado.

O deputado Carlito Merss (PT-SC), relator da MP no 232/05, disse que a decisão do governo brasileiro foi acertada. Aceitar aquelas regras draconianas do FMI, de limitar investimentos em sade, educa ao e saneamento, que não d , afirmou.

O deputado Paulo Delgado (PT-MG), presidente da Comissão de Educaão da C mara, tambm elogiou a decisão. Segundo ele, o FMI tornou-se uma organiza ão obsoleta. O FMI vem orientando mal os pases. Isso aconteceu na sia, na Argentina, na Amrica Central e na R ssia. O fundo tem perdido a capacidade tcnica de influenciar as pol ticas nacionais. Isso (a não renovaão do acordo) um bom sinal: o Brasil reconhece as limitaões do FMI e afirma sua autonomia na gestão econ mica, disse.

O prazo para que o governo federal comunicasse a decisão ao FMI terminava nesta quinta-feira (31). O ltimo acordo com o fundo havia sido assinado em setembro de 2002 e renovado de forma preventiva no final de 2003. Do total de US$ 41,75 bilhões que o fundo liberou para o pa s, foram sacados US$ 26,3 bilhões. A quantia foi adicionada as reservas internacionais, mas não foi gasta pelo governo.

Segundo o ministro Antonio Palocci, em 2003 o acordo j tinha um car ter meramente preventivo e que o Brasil não pretendia fazer saques. Esses fundamentos da economia se confirmaram com elementos mais vigorosos e em uma dimensão maior do que a nossa perspectiva de setembro de 2003, disse o ministro.

Ele citou como aspectos positivos da economia brasileira a reduão da vulnerabilidade externa, o crescimento econ mico, a melhora do comportamento fiscal para contas presentes e futuras e o comportamento favorvel das contas externas. Outro ponto favor vel o recorde nas exporta ões, que chegou a casa dos US$ 100 bilhões.

Isso nos fez propor ao presidente Lula a não renovaão do acordo. Os pilares econ micos estão mais favorveis do que no in cio da nossa gestão. Acreditamos que seja melhor para o Brasil, para o FMI e para a nossa economia a não renovaão do acordo, afirmou o ministro.

Dante Accioly, com agencias

Paulo Delgado
Paulo Delgado
Sociólogo, Pós-Graduado em Ciência Política, Professor Universitário, Deputado Constituinte em 1988, exerceu mandatos federais até 2011. Consultor de Empresas e Instituições, escreve para os jornais O Estado de S. Paulo, Estado de Minas e Correio Braziliense.

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