20 de julho de 2011
Somos o que nos falta, dispostos a tolerar o excesso pondo a culpa na escassez. Até que o descontrole transborde em crime ou grosseria e seja contido pela força dos incomodados. Quem sabe está aí o interesse de muitos pelo que fazem os outros, especialmente seus abismos e avessos. A curiosidade diante de personalidades exibidas desperta mais atenção quando a notícia sugere que sua alma foi decifrada. É que todos são sempre um pouco ridículos no competitivo mundo dos estigmas e preferências. A notícia “avisa” da existência de uma deformação da vida e sua rotina e aponta o caminho ou a pessoa que deve ser evitada ou imitada. E se encontra leitores é porque o escândalo nem sempre é um olhar para fora de nós mesmos.
12 de julho de 2011
O mundo foi se tornando irrelevante para norte-americanos e europeus, seguros dessa imensa propriedade de dois donos. Napoleões modernos movidos pela política pura, essa atividade onde predomina mais ação do que motivos relevantes. A missão autoatribuída dos gigantes complicou-se justamente pela política.
4 de julho de 2011
Não é ofício, habilidade ou solidão que levam qualquer um a sentir, alguma vez na vida, a necessidade da compaixão.
William Burroughs assegura que quando um gato de rua encontra um protetor humano que o promova a gato de casa, ele costuma exagerar da única maneira que sabe: ronrona, se aconchega e se esfrega, e rola de costas para chamar a atenção. Seu dono costuma achar um incômodo. Todos os relacionamentos são baseados na troca, e todo serviço tem seu preço. Mas quando o gato adotado fica tranquilo de sua posição, ele se torna menos efusivo, que é como deve ser no seu reino e como se comporta qualquer pessoa que esteja segura que é respeitada e amada.
3 de julho de 2011
Estado de Minas e Correio Braziliense, 3 de julho de 2011. A insatisfação criadora e o antiautoritarismo perderam muito com a morte do político e escritor […]
7 de junho de 2011
Terminou em Manaus o terceiro seminário sobre o Livro Branco de Defesa, que discutiu a necessidade de maior integração da Amazônia na busca de mais proteção à região. Há ali uma combinação explosiva de escudo que nos protege e alvo que nos ameaça:
2 de maio de 2011
A vida urbana é para a maioria dos seus membros uma liberdade. Costuma ser a única salvação para os desprotegidos e um prazer para quem aceita com naturalidade a sí mesmo e aos outros. Eles querem a cidade, a cidade é que não os quer.
28 de março de 2011
Quem junta lenha, não teme o fogo. Pacífico é o que se aceita sem discussão. Tem a ver com tranquilidade e paz. Refere-se a comportamento, indica objetivos. Há uma grande contradição em falar em energia atômica para fins pacíficos ou chamar pelo seu nome o agitado oceano. São velhos costumes, não a realidade das coisas.
28 de fevereiro de 2011
31 de janeiro de 2011
Muita coisa muda na percepção da política, suas luzes e sombras, de um tempo a outro. Há épocas de ação, outras de quietação.