Política – Hoje em Dia
SÃO PAULO – O deputado Paulo Delgado (PT-MG) criticou ontem a articulação política do Governo que conduz o processo de convite ao PMDB para uma participação maior do ministério do presidente Lula. Para o deputado, não se convida ninguém sem saber antecipadamente a resposta, para não se expor quem convida e quem é convidado.
“Não se convida ninguém sem saber a resposta. Isso a articulação política do Governo tem que, também, não expor o Governo e não expor o partido que queira responder de maneira negativa. Ninguém está pedindo apoio porque é um problema privado do Governo, é um problema público. O PMDB tem tradição, tem força e pode nos ajudar, ajudar o Governo, com a experiência que tem. Agora, a articulação tem que ser nacional. Não tem sentido um partido nos apoiar em Brasília e nós não apoiarmos esse partido no município, nos estados”, defendeu Delgado.
Em São Paulo na manhã de ontem, Paulo Delgado afirmou que é preciso programa e projeto para que sejam feitas alianças políticas, por isso há desconfiança de ambos os lados. “O Governo tem razão quando convida, o PMDB tem razão quando duvida. Agora, espero que o Governo saiba que sem projeto e programa não adianta convidar ninguém. A crise é de alianças políticas sem projeto e sem programa. Você não pode convidar só por convidar. Nós temos projeto, temos programa”, afirmou.
Delgado ainda chamou o PSDB, os social-democratas e os democratas a apoiarem o Governo para superar a crise que, segundo ele, não é do Governo, é do estado. “O processo político não pode ser acrescentado de barulho igual está. Vejo a necessidade de um outro padrão de negociação política e espero que o PSDB e os democratas, os social-democratas do Congresso, o que inclui o PSDB também, possam dar o apoio que nós precisamos. Não é uma crise do Governo, não é uma crise do Estado, é um problema democrático. Há uma dificuldade de aprovar reformas necessárias. Então, nós temos que ampliar a base de apoio para aprovar essas reformas”, disse o deputado mineiro.
O problema da crise política no país, para o parlamentar petista, é “de um dos Governos da história do país, não especificamente um problema do nosso Governo”. “Esse modelo de Governo, que nasceu depois da morte do Tancredo, o presidente Sarney não tinha força para governar sozinho, precisava dividir o estado, partilhar o estado com partidos que o sustentassem. O PT foi o único que ficou contra. Não tem sentido agora o PT fazer o que o Sarney precisou fazer 20 anos atrás”, sustentou Delgado.
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