12 de fevereiro de 2008

Prontidão industrial

Nenhuma virtude é natural. Adquirida e praticada não é certo que traga recompensa. Especialmente nas relações políticas e econômicas entre nações. Tudo hoje é partilhado, fluído, interdependente e ameaçado pela ousadia da criminalidade.
13 de janeiro de 2008

O mau encontro

O que faz a diferença é, ainda, a questão primordial do mundo moderno: liberdade e estado de direito. A passagem do ano deixou claros sinais de que o mundo da liberdade, progresso e valores individuais está sempre ameaçado.
2 de dezembro de 2007

Cinco anos depois

Quem é credor da confiança é devedor da esperança. Num continente onde a demanda por lideres populares para empreitadas anacrônicas culmina quase sempre em demagogia, autoritarismo, ditadura, boçalidades de toda ordem e desordem, os cinco anos do Governo Lula colocam nosso país degraus acima do patamar da América Latina.
4 de novembro de 2007

Marcas para o futuro

Quando a UNESCO percebeu que as águas represadas da grande barragem de Assuã submergiriam os templos de Fila e Abu Simbel no Egito, deu-se o impulso para a conservação do Patrimônio Cultural e Arquitetônico em todo mundo.
30 de setembro de 2007

O sono da razão

“Diga-me o nome de um só animal jeitoso que eu não seja capaz de imitar! – Fanfarronou o macaco, dirigindo-se à raposa. A raposa, porém, limitou-se a responder: e tu, diga-me o nome de um só animal desprezível ao qual ocorra a bobagem de te imitar”.
26 de agosto de 2007

Insubordinação à chinesa

A China já é tratada como a segunda economia do mundo. Desde quando Deng XiaoPing aceitou a sugestão de Milton Friedman para abrir seu país para o mercado mundial e ver na Hong-Kong, ainda inglesa, o modelo de capitalismo para os chineses, a prosperidade ressurgiu no horizonte.
21 de maio de 2006

Épocas de fervor no continente

É mesmo um estilo. São inventores de circunstâncias estes líderes latino-americanos. Começam promissores, terminam prometedores. Combatem ficções que deram errado — o neoliberalismo — com outras que não darão certo — o neopopulismo.
3 de abril de 2003

Pedra noventa

O governo Lula vai muito bem e embriaga de soberba os que não conseguem compreendêlo. Até agora, as críticas de ocasião são como prescrições farmacêuticas, destacando-se as oriundas de um certo despaisamento dos ungidos em cultura estrangeira: de um lado o moralismo udenista de classe, de outro a esquerdice de boxeurs sem classe. Em política, o que não é óbvio é bobagem, e a apropriação da legitimidade do poder pelo peso histórico das práticas tradicionais resiste de múltiplas formas, e em todas as áreas, à gestão democrática dos assuntos públicos.